Ela não era minha, mas a conheci bebê.

Isso foi antes da família do meu filho e nora aumentar.

Aí ela chegou e virou rainha!

Era e sempre foi dócil, carinhosa e querida pelo casal e por mim que vinha visita-los vindo de Curitiba onde morava na ocasião.

Cada vez que chegava, trazia um mimo para ela: lacinhos, fitas e roupinhas.

O tempo passou, dois meninos vieram alegrar a família e acabei vindo com minha mudança, morar aqui em Campo Mourão.

E ela continuava a mesma doçura com todos e nem ligava quando algum dos meninos deitava sobre ela.

Acho que até gostava…

Eu a chamava de FÊ.

E quando chegava a casa deles, ela vinha feliz, pulando em mim, como a dizer: estava com saudades.

Linda menina, Fê!

Quando eu era menina e até antes de me casar, tive um cãozinho de nome Pancho.

Ele era tudo para mim naquela época e, depois dele, nunca mais quis ter outro cão. Nenhum poderia substituí-lo.

Mas mesmo não sendo minha, me apeguei a Fê.

O tempo passou depressa e ela ficou cega.

Que pena vê-la batendo nos móveis, querendo encontrar as pessoas e coisas e não conseguindo.

Nunca chorou, latiu ou gemeu.

Foi se acostumando com os caminhos até sua casinha, até a churrasqueira e até onde nos encontrávamos para receber um carinho.

E assim foi, até o fim, deixando em nós uma saudade tristonha e a lembrança de quando enchia nossos dias de alegria.

Obrigada, querida Fê.

“O JUSTO OLHA PELA VIDA DOS SEUS ANIMAIS, MAS AS MISERICÓRDIAS DOS ÍMPIOS SÃO CRUÉIS.” Provérbios, 12- 10

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