POETIZANDO… BENEDITA CRISTÓFOLI

Benedita Lima Cristófoli, é mineira de Luz e pedagoga.

Seu primeiro livro, “O desenho do céu”, literatura infantil, foi motivado pela saudade que sentia dos filhos e netos quando morava no estado do Tocantins.

Retornando ao Paraná, na cidade de Campo Mourão, voltou a escrever muito: ao todo são 11 livros e participações em Antologias.

E é dessa Antologia acima, seu poema: “O Perfil” que você pode ouvir no áudio abaixo.

Essa mineira, mestre em Yoga, ainda está preparando mais dois livros para serem lançados em breve: uma biografia e outro de contos.

Seu último livro, “Histórias da Vovó Dita”, tive o prazer de revisar.

Benedita é membro da AME (Associação Mourãoense de Escritores) e ocupa a cadeira de número 13 na AML (Academia Mourãoense de Letras).

“DIANTE DAS CÃS TE LEVANTARÁS, E HONRARÁS A FACE DO VELHO, E TERÁS TEMOR DO TEU DEUS. EU SOU O SENHOR!” Levítico, 19- 32

POETIZANDO… ADÉLIA PRADO

Adélia Prado é uma escritora mineira. Ela nasceu em 13 de dezembro de 1935 na cidade de Divinópolis, no estado de Minas Gerais. Mais tarde, trabalhou como professora, foi diretora de um grupo de teatro e chefiou a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis.

Foi professora durante 24 anos até se dedicar por completo à carreira de escritora e foi também a primeira mulher premiada na categoria Conjunto da Obra, pela contribuição à literatura brasileira, no concurso Literatura do Governo de Minas, em fevereiro de 2023.

Adélia Prado escreveu seus primeiros versos aos 15 anos, quando sua mãe morreu. Exerceu o magistério em Divinópolis, mas o sucesso como escritora a fez abandonar a carreira, depois de 24 anos. Casou e teve cinco filhos.

É autora de vários livros de poesia, além de romances e contos. No entanto, seu legado principal é sua poesia. Em seus versos, a poetisa celebra o cotidiano feminino. Desse modo, é uma das principais vozes femininas da literatura contemporânea brasileira.

Adélia Prado possui vários poemas que merecem destaque, como “Impropérios”, “Grande desejo”, “Desenredo”, “Mulheres”, “A catecúmena”, “O espírito das línguas”, “Poema esquisito”, “Bilhete em papel rosa”, “Lápide para Steve Jobs” e “O ditador na prisão”, por exemplo.

Seus textos mostram, com lirismo, o cotidiano. Apresentam caráter universal, fazem reflexões existenciais e evidenciam a religiosidade. Adélia Prado, em 2024, ganhou o prêmio Machado de Assis e o famoso prêmio Camões.

Está com 87 anos e continua vivendo em Divinópolis.

“TODAVIA, EU ME ALEGRAREI NO SENHOR, EXULTAREI NO DEUS DA MINHA SALVAÇÃO.” Habacuque, 3- 18

DESFILE DA INDEPENDÊNCIA

O7 de Setembro de 2024

Não me lembro de alguns desfiles que participei quando criança.

Como minha família mudava sempre e por diversas cidades, era normal que nem me enturmasse para qualquer evento.

Mas sempre tive esse sentimento de civilidade e de amor pelo meu país.

Quando morei em Campo Mourão (pela primeira vez de 1977 a 1983), minhas filhas cursando escolas daqui, assisti várias vezes suas participações em desfiles pátrios ou aniversário da cidade.

Viviane, minha primeira filha, foi baliza na escola onde estudava e Fabiane, a segunda, desfilou sobre um carro alegórico com outras meninas.

E eu, com o menor Paulo Emílio no colo, assistia a tudo da calçada e me sentido super orgulhosa.

O tempo passou e depois de tantos anos, fui eu a desfilar sob olhares atentos dos meus netos Cesar e Daniel, filhos do meu filho caçula.

A Academia Mourãoense de Letras da qual faço parte, foi convidada a participar e claro que eu me propus a aceitar o convite.

(Nessa foto da esquerda para direita: Ester, Edicleia, eu, Silvania, Fábio (nosso presidente), Giselta, Dirce e Marlene).

Gosto das pontualidades (sou bem mineira) e marcado para as oito e trinta, o desfile começou.

Aquele burburinho de crianças em fila se ajeitando, os tambores entrando no ritmo, as pessoas começando a encher as calçadas, tudo isso fazia com que eu me sentisse parte dessa história.

Fiquei feliz em participar, ter saúde para tanto e poder transmitir às pessoas esse sentimento de amor a Pátria.

Depois, fomos todos tirar fotos e tomar um bom café da manhã.

Foi um lindo dia!

“PORQUE ESTE MUNDO NÃO É NOSSA PÁTRIA; NÓS ESTAMOS AGUARDANDO A NOSSA PÁTRIA ETERNA NO CÉU.” Hebreus, 13- 14

QUIRERA/ CANJIQUINHA

A quirera é um subproduto proveniente do milho quebrado, onde o seu processo industrial de obtenção consiste em retirar a parte externa e gérmen do milho após sua germinação. Conhecido também como canjiquinha, é um prato típico da culinária brasileira.

Canjiquinha, xerém ou quirera de milho, esta é uma das preparações típicas da culinária brasileira! Consiste em grãos de milho cozidos até virarem um creme grosso, que são servidos junto com costelinha de porco e linguiça.

Pois é… e eu, mineira, onde esse prato é super conhecido, NUNCA tinha feito… Acreditam?

Não sabia o que estava perdendo, porque numa noite fria dessas de inverno, resolvi fazer e…amei!!!

Então vamos aos INGREDIENTES

250gramas de canjiquinha lavadas

sal, pimenta e cheiro verde, alho (usei o molho de alho) à gosto

azeite

1 cebola

3 tomates (como só tinha o tomate cereja, foi o que usei)

1 gomo de linguiça

algumas costelinhas de porco

Primeiramente coloquei o azeite na panela de pressão e fritei a cebola; em seguida a carne e linguiça, temperei com o sal, alho e depois de uns minutos juntei os tomates e cobri com água. Deixei ferver até ver que as costelinhas estavam macias.

Aí então juntei a quirera lavada e escorrida e um pouco mais de água e deixei ferver até ficar molinha. E foi bem rápido!

Ficou sensacional!

Esquentou até a alma!!!

Aproveite para fazer nesses dias frios.

“UNS ENCURVAM-SE E CAEM, MAS NÓS NOS LEVANTAMOS E ESTAMOS DE PÉ.” Salmos 20- 8

POESIA EM VÍDEO II

Aos poucos vou conseguindo gravar novos vídeos e colocando no Youtube.

Além de escrever as poesias, gosto de ler e muitas vezes até encenar as que estou lendo.

Me divirto muito!!!

Aqui nesse post, Poesia em Vídeo, estão as primeiras que gravei e hoje coloco mais algumas.

A primeira é ÁFRICA onde estive por duas vezes e… me encantei!

A segunda, ofereço ao meu time do coração: GOLEADA COXA BRANCA, onde presenciei tudo isso que conto.

Essa abaixo, UM POUCO DE MIM, é a poesia que abre meu primeiro livro, do mesmo nome.

E essa última (para não cansar vocês), chama-se MINEIRA em homenagem às mulheres mineiras como eu.

Então, divirtam-se e, como dizem por aí, curtam e deixem o seu like!!!

“TUDO QUANTO TEM FÔLEGO LOUVE AO SENHOR! LOUVAI AO SENHOR!”Salmos, 150- 6

DOCE DE LEITE ARGENTINO

Huuummm doce de leite… lembranças de infância, coisas de uma boa mineira que adora ir para a cozinha e fazer gostosuras!

E aí, assistindo um programa na TV Record, me dei conta que ainda não tinha feito esse doce para colocar aqui.

A dica é você preparar em um momento que possa ficar ao lado da panela, porque tem que estar atenta para não derramar!

INGREDIENTES

1 litro de leite integral

250 gramas de açúcar cristal

1 colher (de chá) de bicarbonato

1 colher (de café) de essência de baunilha

Coloque em uma panela alta o leite e açúcar.

Com um fue, vá mexendo até ferver.

Coloque então o bicarbonato e, não se assuste, ele vai subir fazendo uma espuma!

Com uma colher, vá retirando essa espuma.

Junte a essência e deixe ferver em fogo baixíssimo para não derramar.

De vez em quando é preciso que você mexa bem.

Ele vai mudando de cor aos poucos.

Coloquei um pouquinho em um pires para ver se estava no ponto para desligar.

Já estava bom e isso levou ao todo 1 hora e 10 minutos!!!

Mas, valeu a pena, porque ficou maravilhoso!

Pena que eu não tinha em casa aquele queijo de minas, mas uma fatia de um gouda, deu certo também!

“OUVE TU, ENTÃO, NOS CÉUS, ASSENTO DA TUA HABITAÇÃO, E PERDOA, E FAZE, E DÁ A CADA UM CONFORME TODOS OS SEUS CAMINHOS E SEGUNDO VIRES O SEU CORAÇÃO, PORQUE SÓ TU CONHECES O CORAÇÃO DE TODOS OS FILHOS DOS HOMENS.” 1 Reis, 8- 39

 

 

 

NO TEMPO DO TEMPO

É tão gratificante olhar através do tempo e resgatar pessoas e momentos de um passado distante!

Como já disse Salomão: “tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

E foi assim que passados 40 anos, pude me encontrar com uma amiga de quando aqui morei: Jose.

Ela era tão especial na sua maneira de ser, de conversar, além do que foi ela quem me ensinou a fazer bolos recheados onde o recheio principal era o amor.

(Lanche em sua casa em nosso primeiro encontro)

Estou escrevendo era, mas quando a encontrei, pude observar que ela continua a mesma pessoa de antes, de uma meiguice ímpar.

E foi interessante o modo como a reencontrei.

Eu já andava há tempos com dores nas pernas e então resolvi consultar um ortopedista.

Como não conhecia nenhum aqui (lembrem-se que retornei para Campo Mourão há três anos) pedi orientação de uma amiga que conhece a cidade inteira.

Ela me deu o nome do médico e disse:

-Ele é filho da Jose!

-Como assim? Perguntei. Da Jose nossa amiga que me ensinou a fazer bolos?

-Sim, ela mesma! Afirmou.

Claro que fui me consultar com ele e fiz mil perguntas sobre sua mãe.

Saí de lá com a receita para minhas dores e com o telefone da minha amiga.

Quando liguei para ela foi um sentimento gostoso, como se o tempo não tivesse passado.

Bem, aí fui até o apartamento onde ela mora e o abraço disse tudo: saudades, um olhar demorado para ver como estávamos (ela parece não ter mudado em nada) e perguntas e mais perguntas para serem respondidas em torno da mesa de café.

Depois desse dia, em 28 de maio, com muita chuva, voltamos a nos encontrar, dessa vez em minha casa e com a presença de mais duas amigas que também não se viam há bastante tempo.

(Jose com Rose e com Maria Teresa)

E em volta da mesa de café da tarde, tiramos selfies, fotos, rimos muito, conversamos com a promessa de nos encontrarmos mais vezes agora.

(Mesa de café bem mineira que preparei em casa)

Pois é, mais uma amiga que junto a tantas outras nessa cidade!

Como diz o final dos versos de Mário Quintana sobre o laço e o abraço: “então o amor e a amizade são isso… não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.”

“O AMOR SEJA NÃO FINGIDO. ABORRECEI O MAL E APEGAI-VOS AO BEM.” Romanos, 12-9

 

 

MINHA AVÓ MARIA

Ah, como me lembro dela!

Maria Luiza Pinheiro Novaes de Camargo, um nome extenso para aquela mulher baixinha, gordinha, olhos azuis penetrantes, cabelos curtos bem branquinhos e que chamávamos de tão somente, vó Maria.

Mineira de Jacutinga, nasceu em 1899.

Era enérgica e quando éramos pequenos, a lembrança que me vem dela era de muito brava conosco que passávamos as férias em sua casa.

Mas o momento que mais recordo com muito amor, é o que descrevo a seguir.

Cenário: uma sala de visitas com alguns sofás antigos e no canto, uma cadeira de balanço.

Era a sua cadeira.

Lá ela se sentava depois das tarefas diárias e se balançava.

Seus olhos azuis meio que se fechavam e eu sentia que ela começava a viajar por seu passado, lembrando fatos e coisas meio perdidas nas gavetas do pensamento.

Aí eu me sentava em um banquinho bem próximo a ela, já adivinhando o que viria a seguir.

– Menina, ela perguntava, porque você gosta tanto assim de poesia?

E eu respondia:

– Ah, vó, gosto tanto de ouvi-la declamando…quem sabe um dia eu também escreva e decore poesias como a senhora?

E ela continuava seu balanço como se ele a levasse lá para dentro dos seus guardados…

E começava com “A Doida”.

Era um poema longo que contava a triste história de uma mulher presa em uma torre, mas que sentia saudades de sua vida anterior e terminava com sua morte: “rola a doida pelo chão…”

Nunca encontrei nada sobre esse poema, mas me recordo do início:

“Lá nas brumas do poente

mal desponta o astro do dia,

quando um sabiá plangente

desprende suave melodia.

 

No galho em que pousava

ali bem perto ficava

as janelas gradeadas de sombria prisão

onde triste jazia então,

uma doida encerrada.”

Até aí consigo lembrar, mas o poema vai longe, muito longe…

E ela dizia todos os versos de cor enquanto  continuava seu balançar.

E eu ali, entre admirada e assustada, ouvindo com os ouvidos e o coração.

– Pronto! Terminei! Chega por hoje! Ela falava já mudando o tom de voz.

– Ah, vovó, só mais uma! Prometo! Eu pedia.

E ela recomeçava, balançando, cerrando seus olhos e em silêncio procurando em suas memórias.

Então vinha outra: “Beijos” que começava assim:

“Não queres que eu te beije?

E o beijo é a própria vida!

A invenção mais bela

e sublime do Senhor!”

E aquela menina decorou essa poesia inteira e ainda a diz, de vez em quando, enquanto lembra de sua avó.

Talvez por isso tenha tanta vontade de ter uma cadeira de balanço…

“COROA DOS VELHOS SÃO OS FILHOS DOS FILHOS; E A GLÓRIA DOS FILHOS SÃO SEUS PAIS.” Provérbios, 17- 6.

 

BROINHAS DE FUBÁ

Essas broinhas de fubá me fazem lembrar de minha avó paterna, uma mineira que fazia essas “quitandas”.

Aí uma amiga, colega de tantos anos, a Maria de Lourdes, colocou essa receita no nosso whatsapp e corri fazer.

INGREDIENTES

5 colheres (sopa) de fubá

10 colheres (sopa) de farinha de trigo

2 colheres (sopa) de açúcar

1/2 colher (chá) de sal

3 ovos

75 gramas de manteiga

120 ml de leite

120 ml de água

Primeiro unte uma forma e polvilhe fubá.

Aqueça o forno a 220° (temperatura alta).

Coloque em uma panela o leite, água, açúcar, manteiga e sal e leve ao fogo.

Assim que começar a ferver adicione o fubá e a farinha de trigo mexendo bem para formar uma fina camada de massa seca no fundo da panela.

Retire e transfira para a tigela da batedeira e bata por mais ou menos 5 minutos até esfriar.

Adicione os ovos um a um, continuando a bater por mais 2 minutos.

Molde as bolinhas (eu peguei a massa com uma colher cheia) e vá colocando na forma. Polvilhe as broinhas com fubá.

Leve para assar por 15 minutos e depois diminua a temperatura do forno para 180° deixando assar por mais ou menos 20 minutos.

Fica uma delícia quentinha pura ou com manteiga.

Delícia!!!

“POIS QUE APROVEITA AO HOMEM GANHAR O MUNDO INTEIRO, SE PERDER A SUA ALMA? OU QUE DARÁ O HOMEM EM RECOMPENSA DA SUA ALMA?” Mateus, 16- 26

 

 

 

TUTU DE FEIJÃO

Como boa mineira que sou, logo que consegui me organizar em minha nova casa, fiz um almoço no domingo para meu filho, nora e neto.

A cozinha mineira é muito simples e seu forte é a criatividade e, por isso, usei o que quis nos complementos.

tutu pronto

Fiz uma carne de porco fritinha que coloco aqui a receita para vocês.

ingred.tutu

INGREDIENTES

250 gramas de feijão preto

bacon cortadinho

alho e cebola à gosto

sal e pimenta do reino

farinha de mandioca

Primeiro cozinhe o feijão. Em uma panela frite o bacon e retire assim que estiver fritinho. Reserve.

Nessa gordura frite o alho e a cebola picadinhos (coloque o tanto que estiver a seu gosto). Junte os grão do feijão cozido e tempere com sal e pimenta do reino.

Coloque a farinha de mandioca aos poucos com cuidado para não colocar muito e ficar duro.Eu, por exemplo, gosto do tutu bem molinho.

ingr.bisteca

INGREDIENTES DA CARNE DE PORCO

3 bistecas cortadas em tiras

alho e cebola

sal e pimenta do reino

óleo 

bist.na panela

Coloque um pouquinho de óleo numa panela e frite o alho e cebola.

Junte a carne e ponha o sal e pimenta. Deixe fritar bem. Retire e reserve.

bist.pronta

Frite um pouco de calabresa cortada em rodelas finas e alguns ovos e então já pode montar o prato.

tutu no prato

Não esqueça de jogar o bacon fritinho por cima do tutu, OK?

Você pode montar esse prato com couve refogada na manteiga, bananas fritas e qualquer outra coisa que combine e que tenha em sua casa.

“DISSE JESUS: EU SOU O CAMINHO, E A VERDADE, E A VIDA. NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM.” João, 14- 6