É tão gratificante olhar através do tempo e resgatar pessoas e momentos de um passado distante!
Como já disse Salomão: “tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
E foi assim que passados 40 anos, pude me encontrar com uma amiga de quando aqui morei: Jose.
Ela era tão especial na sua maneira de ser, de conversar, além do que foi ela quem me ensinou a fazer bolos recheados onde o recheio principal era o amor.
(Lanche em sua casa em nosso primeiro encontro)
Estou escrevendo era, mas quando a encontrei, pude observar que ela continua a mesma pessoa de antes, de uma meiguice ímpar.
E foi interessante o modo como a reencontrei.
Eu já andava há tempos com dores nas pernas e então resolvi consultar um ortopedista.
Como não conhecia nenhum aqui (lembrem-se que retornei para Campo Mourão há três anos) pedi orientação de uma amiga que conhece a cidade inteira.
Ela me deu o nome do médico e disse:
-Ele é filho da Jose!
-Como assim? Perguntei. Da Jose nossa amiga que me ensinou a fazer bolos?
-Sim, ela mesma! Afirmou.
Claro que fui me consultar com ele e fiz mil perguntas sobre sua mãe.
Saí de lá com a receita para minhas dores e com o telefone da minha amiga.
Quando liguei para ela foi um sentimento gostoso, como se o tempo não tivesse passado.
Bem, aí fui até o apartamento onde ela mora e o abraço disse tudo: saudades, um olhar demorado para ver como estávamos (ela parece não ter mudado em nada) e perguntas e mais perguntas para serem respondidas em torno da mesa de café.
Depois desse dia, em 28 de maio, com muita chuva, voltamos a nos encontrar, dessa vez em minha casa e com a presença de mais duas amigas que também não se viam há bastante tempo.
(Jose com Rose e com Maria Teresa)
E em volta da mesa de café da tarde, tiramos selfies, fotos, rimos muito, conversamos com a promessa de nos encontrarmos mais vezes agora.
(Mesa de café bem mineira que preparei em casa)
Pois é, mais uma amiga que junto a tantas outras nessa cidade!
Como diz o final dos versos de Mário Quintana sobre o laço e o abraço: “então o amor e a amizade são isso… não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.”
“O AMOR SEJA NÃO FINGIDO. ABORRECEI O MAL E APEGAI-VOS AO BEM.” Romanos, 12-9