UMA CAIXA DE LEMBRANÇAS

Quase todo mundo tem uma caixa guardada.

Nos filmes sempre vemos quando alguém descobre onde ela está escondida e acaba achando segredos dentro dela.

Pois é… eu também tenho uma, mas são de fotos antigas.

E um belo dia, fui remexer nela.

Acabei sentada no chão enquanto revirava lembranças.

Ali estavam meus bisavós, ele pai do meu avô materno e minha bisavó, mãe de minha avó materna. Que pena, pois não achei foto de seus pares…

(Na foto acima, bisavô Francisco, que todos nós o chamávamos de vovô Chico; e abaixo a bisavó Otília)

Encontrei meus avós, pais do meu pai em uma foto sorridente, felizes e meus avós maternos fazendo pose em Poços de Caldas.

Todos das Minas Gerais.

(Na foto acima meus avós Thomaz, que chamávamos de vovô Mazico e Amaziles, que para nós era vovó Zile; e abaixo vovô Sylvio e Maria).

E essas fotos então! Fiquei observando cada detalhe: meus pais estavam na praia de Santos  em lua de mel.

Ele com seus 27 anos, bigode do Omar Shariff que nunca tirou e ela tão lindinha em seus 16 anos.

Felizes como sempre foram.

Amando e sendo amados.

E aí começam a surgir tantas outras que eu acabo rindo sozinha: meus irmãos ainda crianças, tão diferentes de agora; amigos que nunca mais encontrei; companheiros de viagem, de festas e quantos aniversários!

E me pergunto então: porque rasguei tantas fotos de ex?

Seria bom lembrar…ou não.

As fotos de meus filhos e netos estão em álbuns que guardo na estante da sala.

Fica muito mais fácil mostrar do que as que estão em celular, mas isso não impede que eu as mostre nele também quando estou fora.

Agora, aquela caixa é relíquia!

Cada foto contém tantas recordações boas que quando vi já tinha ficado horas ali e minhas costas doíam.

Guardei todas, devolvi a caixa para dentro de onde estava e ela lá ficou.

Ficaram guardadas para em outro dia qualquer, tornar a vê-las.

Por enquanto ficam as lembranças no guarda roupa e em meu coração.

“COMO UM PAI SE COMPADECE DE SEUS FILHOS, ASSIM O SENHOR SE COMPADECE DAQUELES QUE O TEMEM.”Salmos, 103- 13

O SUSTO DO TIO ARTUR

E aqui vai mais uma historinha!

Sei que vocês gostam, então lá vai!

O SUSTO DO TIO ARTUR.

Na casa dos irmãos Gui, Ale e Ju era uma festa quando as luzes se apagavam.

Isso naquele tempo em que a luz elétrica vivia cansada, dava umas piscadelas e apagava de vez.

Aí, velas eram acesas e era quando o tio Artur gostava de contar histórias “de medo”.

Ele começava e todos ficavam tão atentos que quando viam suas sombras nas paredes, começavam a enxergar fantasmas e gigantes.

De repente, tio Artur dava um grito:

– ALEXANDRE!

Os cabelos arrepiavam de susto, um se agarrava ao outro e era uma gritaria geral.

Então vinha a mãe das crianças, lá de dentro, e ralhava com seu irmão:

– Artur, por que você fica assustando essas crianças? Já falei para parar com essas bobagens!

Mas era sempre a mesma coisa, era só ter uma noite sem luz que lá estavam todos reunidos querendo ouvir mais histórias “de medo”.

Um dia, o Alexandre, que era o mais velho dos irmãos, resolveu pregar uma peça no tio Artur.

Pegou um lençol branco da sua cama e deixou escondido perto da porta, esperando que pudesse usa-lo à noite.

Não contou nada para ninguém.

E dito e feito: naquela noite as luzes se apagaram.

Acenderam as velas e ficaram todos em volta do tio, pedindo histórias.

E ele começou.

Estava inspiradíssimo naquela noite!

Ale foi saindo abaixado bem quietinho, e, no corredor colocou o lençol sobre ele.

Na hora em que o tio Artur gritou:

– ALEXANDRE!

Eis que surge pela porta aquele fantasma correndo.

Foi uma gritaria geral!

Era um correndo para um lado, outro se escondendo em baixo da mesa,  quando a mãe entrou.

– Mas o que está acontecendo aqui?

E puxou o lençol de cima do Ale.

Todos olharam espantados para ele que ria a mais não poder.

E o tio Artur?

Esse saiu correndo, tremendo e nem conseguia falar direito.

E a mãe, no alto da sua sabedoria, disse:

– Bem feito! Quem assusta, sai assustado!

Imagens: 1) Pet-Pedagogia-UFBA; 2) Pinterest; 3) PNGWING

“NÃO VOS ENGANEIS: AS MÁS CONVERSAÇÕES CORROMPEM OS BONS COSTUMES.”ICoríntios, 15- 33

A CASA DO PORQUINHO PRÁTICO

“No jargão da didática de leitura e escrita, reescrever um texto não é corrigi-lo ou revisá-lo, como faz supor o senso comum. No contexto da disciplina, reescrever é contar, com as próprias palavras, uma história conhecida, com a qual a turma já está bem familiarizada.”

E é isso que fiz em várias histórias que coloquei aqui, como:

A FILHA DA GALINHA RUIVA

DUNGA, O ANÃO QUE NÃO ERA MUDO

Como tenho visto nas estatísticas um grande número de procura por essas historinhas, resolvi colocar outra.

E hoje, a reescrita vai ter como personagem principal, A CASA DO PORQUINHO PRÁTICO.

Éramos três casinhas: uma feita de bambu, outra de tábuas e outra de tijolos.

Eu sou a de tijolos e vou contar o que aconteceu com as outras duas.

Fomos construídas por três irmãozinhos: o Cícero, o Heitor e o Prático.

Eles andavam com muito medo porque souberam que um Lobo muito mau havia chegado nas vizinhanças e logo acabaria por ali.

Foi quando cada um resolveu fazer uma casa e eu fui a última a ficar pronta.

Fui construída com tijolos, muito cimento e muita paciência e fiquei uma beleza: com janelas e floreiras, porta com cadeado e até uma lareira com enorme chaminé.

Enquanto isso, eu observava os dois irmãos que já estavam com suas casas prontas, a cantar e dançar pelos caminhos.

Nisso, uma correria danada!

Cada um entrou e se fechou dentro de suas casas.

Era o Lobo que chegava!

E logo ouvi sua voz, alta e forte, gritando na frente da casa do Cícero:

– Abra essa porta senão eu assopro e bufo e faço voar essa casa pelos ares!

E ele soprou e bufou e as palhas voaram nada sobrando daquela casinha.

Também ela era amarrada com barbantes e cola!

E não é que o Lobo já estava gritando na porta do Heitor onde o Cícero entrara correndo?

– Abra essa porta senão eu sopro e bufo e faço voar essa casa pelos ares!

E ele soprou e bufou e as tábuas foram caindo como se feitas de papel.

Que susto!

Abri minha porta para os dois irmãozinhos que entraram correndo como um raio, tremendo de medo.

Mas o Prático que estava sossegado, pois sabia como tinha me construído, acalmou-os dizendo que nada iria acontecer porque eu era muito forte.

Fiquei contente, mas sabia que a responsabilidade era enorme.

Eu tinha que salvar a vida daqueles três irmãozinhos adoráveis!

E o Lobo chegou gritando na minha porta:

– Abra essa porta senão eu assopro e bufo e faço voar essa casa pelos ares!

E o ouvimos soprar e bufar, e bufar e soprar e eu ali, firme como uma rocha.

Não balancei nem um milímetro!

Mas o Lobo não desistiu.

Resolveu entrar pela chaminé.

Mas o Prático que além de tudo era muito inteligente colocou fogo na lareira e quando o Lobo desceu, seu rabo começou a pegar fogo e ele saiu como um foguete, correndo sem nem olhar para trás.

E o final foi feliz, é claro: os irmãos se abraçaram e Cícero e Heitor resolveram construir casas iguaizinhas a mim.

Sou ou não sou poderosa?

Outras historinhas com centenas de visualizações:

O SORRISO DO GATO DA ALICE

O ARCO ÍRIS

A FADA SERELEPE

O LANCHE DAS PRINCESAS

O DIA DO PAPAI NOEL

Imagens: 1) Dentro da História; 2) Cultura Genial; 3) iStock

“OUVE-ME, SENHOR, POIS BOA É A TUA MISERICÓRDIA; OLHA PARA MIM SEGUNDO A TUA MUITÍSSIMA PIEDADE.”Salmos, 69- 16

RELEMBRANDO NATAIS

Difícil escrever sobre o Natal…

Primeiro vem as lembranças mais remotas, de quando eu era pequena e passava esse dia com meus pais e irmãos.

Não tenho lembrança de meus avós junto conosco nessas comemorações; cada um morava em cidades distantes e viagens não eram tão fáceis como hoje em dia.

Assim o Natal se resumia em apenas nós seis: papai, mamãe, eu e meus três irmãos.

(Minha casa nesse ano de 2018)

Ganhava presentes: às vezes uma roupa nova, um sapato novo ou algum brinquedo.

Já com meus filhos os Natais foram diferentes!

Como morávamos no interior, viajávamos até a Capital onde meus pais e sogros moravam.

Então festejávamos dia 24 com os sogros e 25 com meus pais.

Nas duas casas era tudo muito animado com reunião de primos e tios e tudo era música e alegria.

(Mais enfeites em casa!)

Minha mãe sentava ao teclado tocava milhares de músicas natalinas e meu pai lia na Bíblia, a história tão conhecida do nascimento de Jesus.

Aí presentes (muitos) eram abertos e a ceia era repartida entre todos.

O Natal de agora ficou mais triste…

Meus pais se foram e não tem mais a música dos hinos nem a leitura da história de Jesus…

Os filhos vão fazendo suas vidas e alguns seguem para lugares distantes.

Então noto que a idade avançou e fiquei muito mais sentimental, como agora quando escrevo isso…

(Minha sala enfeitada!)

Mas o Natal de Jesus não muda!

Ele permanece através dos séculos como a vinda de nosso Deus ao mundo.

De uma maneira serena e humilde como Ele sempre foi, nos amando tanto que veio até nós para nos dar nova vida.

Então deixemos as lembranças tristes de lado e comemoremos o Natal com gratidão e alegria!

FELIZ NATAL A TODOS!!!

 

“PORQUE DESDE A ANTIGUIDADE NÃO SE OUVIU, NEM COM OUVIDOS SE PERCEBEU, NEM COM OS OLHOS SE VIU UM DEUS ALÉM DE TI, QUE TRABALHE PARA AQUELE QUE NELE ESPERA.” Isaías, 64- 4

 

 

BEBÊS REBORNS

Reborn (em inglês), quer dizer Renascido!

Vocês já ouviram falar desses bebês?

São tão reais que parecem que a qualquer momento vão se mexer e chorar de verdade!

Minha neta Isadora de oito anos, tem um bebê menina, a Melissa.

E é tanto encantamento dela com essa boneca que às vezes acho que ela está pensando que se trata de uma criança de verdade.

E a Melissa não veio sozinha: chegou com sua mochila, seus vestidos, tiaras e fivelas para cabelo, pijamas, sapatinhos, fraldas, toucas, casacos, etc.

Até eu (como boa bisavó) já contribui tricotando para o enxoval as mantas, touca e sapatinhos.

E onde Isadora vai, leva sua filha junto.

(Aqui com Heitor, no Aeroporto)

Sabe aquele sentimento maternal?

Pois aflorou tanto que minha neta troca, conversa, coloca roupas para dormir, arruma para sair e como dormi em seu quarto nessas férias em Curitiba, ficava observando e dizia:

-Isa, apague a luz, já é tarde!

E ela:

-Já vai, vovó, estou colocando o pijama na Melissa…

E quando fomos ao shopping então, ela toda orgulhosa passeando com sua “filha”(claro que Melissa estava com roupa de sair) enquanto as pessoas se voltavam e comentavam se era um bebê de verdade.

Até para mim vieram perguntar quando fiquei com ela no colo para Isa e Heitor irem ao carrossel.

E já teve até Chá de Bonecas, onde cada amiga levou seu bebê!

Isso foi lá na casa dela em Luanda.

Agora ela está esperando ganhar um irmão para a Melissa que já tem até nome: Maurício!

Fico lembrando da boneca que tive quando pequena (veja em Boneca): de louça, tão dura, mas que naquela época era tudo de mais moderna.

As coisas mudam…

Só não muda o sentimento de uma menina que se sente uma mãezinha de verdade, cuidando, embalando, fazendo dormir.

(Uma ida ao Shopping)

Isso não quer dizer que ela só vive nesse mundo de fantasia, não!

Isadora usa celular, gosta dos joguinhos, assiste filmes, lê livros, estuda, mas tem aquela coisa de menina que gosta de brincar de boneca.

Ainda bem que ela é assim, nesses tempos em que meninas de sua idade já querem ser mocinhas, imitando as Anitas rebolativas, ela faz renascer (Reborn) esse  encantamento!

Ainda bem mesmo!

” BENDITO SEJA O SENHOR, PORQUE OUVIU A VOZ DAS MINHAS SÚPLICAS.” Salmos, 28- 6

 

 

 

DUAS SEMANAS DE JULHO

E não é que cheguei em Curitiba com duas malas cheias de blusas, cachecóis, gorros de lã e botas e não usei quase nada?

Foram duas semanas de dias lindos, céu azul e um friozinho bem confortável!

(Uma rua nas Mercês com essa cerejeira maravilhosa)

Aliás, a cidade estava florida e meu coração cheio de alegria por poder passar essas duas semanas com minhas filhas e netos que chegaram da longínqua África…

E aproveitei muito!

(Dentro do elevador nas saídas quase que diárias)

E assim íamos ao shopping onde eu tomava meu imperdível sundae no Mc Donald’s, café canelinha na Kopenhagen, comidinha no Outback, mas também andava no parque Barigui enquanto as crianças brincavam.

Quando ficávamos em casa, eu ia para a cozinha e dali saíram pasteis, panquecas, estrogonofe, filé à parmegiana, batata suíça, feijão com arroz e farofinha, macarrão à bolonhesa além do bolo indiano que é uma gostosura!

À noite, brindávamos com um vinho que saboreávamos com uma bandeja de aperitivos!

Pude encontrar uma das minhas irmãs, a Raquel, e passeamos, tomamos café e pusemos as conversas em dia.

(Faltou encontrar meus dois irmãos, Ciro e Ângela, que estavam viajando)

Depois almocei com a Akico, amiga de longa data e que fazemos parte de um grupo onde também algumas estavam viajando.

Aí a vez foi da Sonia fazer um lanche na casa dela onde eu e Débora ficamos até tarde, sempre conversando e relembrando coisas de quando elas vieram me visitar aqui em Campo Mourão.

E o último encontro foi com nove amigas da turma de 1966, na casa da Vera!

Cada vez surge uma nova amiga daqueles áureos tempos!

(Sentadas: Jóia, Vera, Ivete e Maria de Lourdes; em pé: eu, Elizabeth, Cleide, Carmen, Sonia e Marilu).

Quanta coisa boa pode acontecer em duas semanas!

Até um assalto, o que deixou de ser bom!!!

Em plena 15:00 horas, dentro do ônibus, fui imprensada na porta por 3 mulheres que roubaram minha carteira de dentro da bolsa, com todos meus documentos, cartões e dinheiro!

Voltei para casa com somente um BO e pronta para fazer todos os documentos novamente.

Mas como dizem, “mais tem Deus para dar do que o diabo prá tirar” ou “vão-se os anéis, mas ficam os dedos”; eu digo, obrigada, Senhor por mais esse livramento!

“EM TUDO DAI GRAÇAS, PORQUE ESTA É A VONTADE DE DEUS EM CRISTO JESUS PARA CONVOSCO.” I Tessalonicenses, 5- 18

 

 

 

 

UM BEBÊ EM NOSSAS VIDAS

“Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!” José Saramago.

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E Daniel chegou há 17 dias trazendo alegria para seu papai Paulo Emílio, mamãe Patrícia e maninho Cesar ( e todos nós também!).

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Essa foto tirei na porta do apartamento enquanto Pati se arrumava para entrar no centro cirúrgico.

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Essas são as lembrancinhas em uma caixa e ao fundo a foto dos quatro (Daniel ainda na barriga da mamãe…)

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Dentro uma caixinha com pão de mel (maravilhoso, da amiga Michelle), um cartão de agradecimento e um calendário de mesa.

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Nesse calendário tem a poesia que fiz para meu neto, antes dele nascer (leiam no Chá de Natal do Daniel).

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Para esperar as visitas, mais docinhos lindos da Michelle.

E se antes a família já era feliz, imagina agora com mais esse presente de Deus!

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Os dois irmãos!!!

Que cena mais linda: Cesinha olhando embevecido o seu maninho que parece sorrir…

É muito amor!!!

E assim reparto com vocês mais esse momento emocionante da minha vida de avó!!! 

“FALOU DANIEL E DISSE: SEJA BENDITO O NOME DE DEUS PARA TODO O SEMPRE, PORQUE DELE É A SABEDORIA E A FORÇA.” Daniel, 2- 20