UM NOVO LIVRO!

E novamente fui premiada e recebo o certificado do Fepac 2025.

Com o prefeito Douglas Fabrício, o secretário de cultura Roberto Cardoso e o apresentador Josmar.
Evento Empreende Week 2025 no Mourão Garden.

A primeira vez foi com a realização do meu primeiro livro infantil “Férias no Campo”, em 2023.

A história de Pedrinho um menino da cidade, que se encantou ao conhecer as maravilhas do campo.

Dessa vez será mais um livro infantil, “Hoje tem História”!

Um livro que dividi em três partes: Ouvir, Ler e Contar.

A primeira parte, “Ouvir”, é para crianças bem pequenas que vão ouvir de seus pais, tios ou avós, as historinhas de animais que vão enriquecer o mundo delas.

A segunda parte, “Ler”, é onde as crianças já alfabetizadas, conhecerão por elas mesmas, as façanhas de seus heróis em aventuras fantásticas.

E a terceira parte, “Contar”, é onde os leitores conhecerão o outro lado das histórias existentes e espalharão a novidade para seus amigos.

Bom, já dei algumas pequenas dicas de como será o livro.

Tivemos nossa primeira reunião para discutirmos todo o projeto.

A Moai, é claro, representada pela Thais Martins e o ilustrador Tiago Silva, o mesmo que ilustrou lindamente o Férias no Campo.

Durante a execução do projeto vou dando alguns “spoiler” sobre quantas histórias e como serão, além das ilustrações e capa.

A história faz parte da infância de qualquer pessoa e é para trazer essa emoção, alegria e encantamento que me propus em escrever esse livro.

Então podem esperar, porque vem muita coisa boa por aí!!!

“OS QUE CONFIAM NO SENHOR SERÃO COMO O MONTE SIÃO, QUE NÃO SE ABALA, MAS PERMANECE PARA SEMPRE.” Salmos, 125- 1

77 ANOS DE CAMPO MOURÃO

10 de outubro, aniversário da cidade.

Morei aqui de 1977 a 1983 e voltei em 2016.

Foi a melhor escolha que fiz!

Agora, já com mais de 100.000 habitantes, é de se notar o crescimento e progresso dela.

E esses versos abaixo são outros que faço em sua homenagem.

A CIDADE QUE ESCOLHI

Houve um tempo que tudo parou,

e, nesse estado de pausa ficou.

Foi como um entrar e sair,

um antes e um depois,

um chegar e um partir.

——————–

Então pensei:

não nasci aqui,

mas aqui hei de morrer.

Eu te escolhi, cidade,

para aqui viver.

——————–

E, cada dia que passa,

fico mais certa da escolha que fiz,

porque meus sonhos foram

e estão sendo

moldados em ti.

——————–

Nas ruas de ipês floridos,

no progresso chegando acelerado,

na cultura que sinto em cada passo,

na riqueza do teu solo fecundado.

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Em meio a meu olhar atento

vejo estações que vem e vão.

Sigo feliz contigo, cidade amiga,

minha para sempre, Campo Mourão.

Sílvia Fernandes

escritora

“SE O SENHOR NÃO EDIFICAR A CASA, EM VÃO TRABALHAM OS QUE EDIFICAM; SE O SENHOR NÃO GUARDAR A CIDADE, EM VÃO VIGIA A SENTINELA.” Salmos, 127-1

PORTUGAL- 5- SINTRA

Pensar em Sintra é lembrar do Palácio da Pena.

A história deste lugar mágico começa no século XII, altura em que ali existia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. Neste mesmo local, D. Manuel I mandou edificar um Mosteiro, o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, posteriormente entregue à Ordem de São Jerónimo.

O Palácio da Pena foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e é o mais importante polo da Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.

Acima o maravilhoso palácio visto em um dia de céu azul em que a Fabi teve a sorte de ver (a foto é dela).

Abaixo o dia em que estivemos lá e que infelizmente estava chovendo e nublado…

Outra foto de “antes” e depois…

(Foto do arquivo da Fabi)

Pois é, mas dentro pudemos ver toda a grandeza desse lugar.

Vejam o teto!

Uma obra de arte!

Azulejos sempre presentes!

Imagina tomar um chá nessa sala abaixo

Observem abaixo a ponte levadiça.

E vejam a parte externa, bonita mesmo com neblina…

E a chuva não deu trégua.

Abaixo, já voltando para o centro da cidade.

E procurando um restaurante…

E encontramos um dos melhores que vocês poderão ver em “Comidas”, um post somente com as iguarias da viagem.

Mais um dia super produtivo com minha filha, guia e companheira!

“A MINHA ALMA ANSEIA PELO SENHOR MAIS DO QUE OS GUARDAS PELO ROMPER DA MANHÃ; SIM, MAIS DO QUE AQUELES QUE ESPERAM PELA MANHÃ.” Salmos 130- 6

JURANDA, UMA NOITE DE AUTÓGRAFOS

Tivemos o prazer de sermos convidadas pela Deviani Paz, secretária de Turismo e Cultura, para participar de uma noite de autógrafos dos alunos da terceira série C da Escola Municipal Paulo Roberto H.Hrehuchuk.

E lá fomos nós: Giselta, Zilma e eu.

Mas primeiro quero contar sobre a cidade que fiquei conhecendo: uma surpresa e tanto!

O nome Juranda significa “Luz que vem do céu” e é uma referência à índia que assim era chamada na localidade.

Com quase 8.000 habitantes, tem como Prefeita da cidade a senhora Leila Miotto Amadei que esteve presente conosco durante toda a solenidade e após .

Juranda também é conhecida como “A Cidade do Milagre” pelos santos Pastorinhos de Fátima (Portugal) os irmãos Francisco e Jacinta, receberem as orações de cura para o menino Lucas que após sofrer uma queda ficou em coma, mas acabou curado pelas petições do povo da cidade.

Mas vamos às crianças que foram as estrelas da noite.

O evento aconteceu na Casa da Cultura, um local amplo e muito bem decorado.

Primeiramente foram chamados ao palco, as autoridades presentes ( e nós, representando a AML) ficamos entre elas.

O momento foi de pequenos discursos, enaltecendo o trabalho das crianças e o que esperamos delas no futuro: o começo de uma carreira literária.

Em seguida subiram ao palco as crianças, autoras das histórias, e que depois, uma a uma, eram chamadas com os familiares presentes até o palco onde iam autografando sua obra.

Uma realização da professora Caroline Hellen Martendal Salvetti que incentivou seus alunos a escreverem.

Ainda receberam um presente, além do próprio livro.

Foi lindo  ver a alegria de cada um, realizando um sonho planejado pela direção da Escola, na pessoa da diretora Vilma de Fátima da Silva Albertini e ver o carinho com que foram tratados.

E assim terminamos esse encontro, ao lado das crianças com seus livros, seus professores, direção e Prefeita (que também é professora).

Uma noite em que voltamos para nossas casas com o pensamento no futuro desses alunos que podem vir a ser os próximos “imortais”!

“Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste.
Mateus, 18-10

VIAJANDO DE TREM PELO NORTE DA ESPANHA

Fazia muito tempo que minha filha Fabiane, não mandava seus textos de viagens para o blog.

O último foi “Reflexões em meio a Pandemia”em 04 de maio de 2020.

E eu viajo junto quando ela manda esses textos e fotos, por isso, Vamos Viajar?

“Eu amo viajar e isso não é novidade para quem me conhece.

Tenho um amigo que me apelidou de Dora Aventureira, a personagem do desenho que está sempre com a mochila nas costas atrás de uma aventura!

Pegar a estrada realmente me deixa muito feliz! Seja de avião, carro ou ônibus o importante é viajar! E, morando na Europa, descobri que eu adoro viajar de trem!

Já viajei pela Espanha, Alemanha e Itália e não vejo a hora de conhecer novos destinos.

Hoje, quero contar a viagem que fiz para a Espanha.

Peguei o comboio alfa pendular em Lisboa e segui até o Porto. O alfa pendular é um trem supermoderno e rápido – tem velocidade máxima de 220 km/h e é muito confortável. A viagem demora pouco menos de 3 horas. 

De lá, peguei outro trem, com destino a Vigo, já na Espanha. Em 2hs e 34 minutos já estava na Galícia.

Vigo é uma cidade costeira no norte da Espanha, linda e um ótimo lugar para quem gosta de natureza. Além do oceano Atlântico, ela é banhada pela Ría de Vigo, o rio mais profundo da Galícia.

(Vista de Vigo, de um de seus miradouros).

Para ter uma visão do alto da cidade, fui ao Parque do Monte d´O Castro, onde fica o Castillo do Castro, uma construção do século XVII.

O lugar é uma viagem ao passado, com jardins extremamente bem cuidados e miradouros que dão a visão geral da cidade.

( Parque do Monte d´O Castro e a vista da cidade).

(O Castillo e seu belo jardim).

Outro lugar imperdível é o Mirador del Olivo, um mirante que fica no centro da cidade e de onde se tem uma vista linda da Ría de Vigo.

Ele fica localizado no Paseo de Alfonso XII, em frente à Plaza A Fonte. O olivo (oliveira) é o símbolo de Vigo e remete à época em que a cidade era rodeada dessas árvores.

Nessa praça há uma oliveira centenária, mas há outras não tão antigas espalhadas pela cidade.

(Uma das muitas oliveiras, símbolo de Vigo, espalhadas pela cidade.

Também no centro fica a Colexiata, a principal igreja da cidade, oficialmente a Concatedral de Santa María, templo neoclássico de 1816. A igreja é um dos templos religiosos mais importantes do lugar.

Já a Praza da Constitución é onde está o edifício dos antigos Paços do Concello.

A Praza é a praça central do Centro Histórico ou Casco Vello de Vigo, um dos locais de passagem obrigatória. Este largo fervilha o ano todo e está cercado por belos edifícios históricos que abrigam bares e restaurantes com ótimos preços e a típica comida espanhola.

( Centro histórico e ao fundo a torre da Concatedral).

Ilhas Cíes

Passei quatro dias em Vigo, e aproveitei um deles para conhecer a paradisíaca Ilhas Cíes.

Em um passeio de barco de 30 minutos você desembarca em um dos destinos mais visitados na Galícia, um lugar de natureza exuberante, praias com águas cristalinas e areia branquinha.

Dica: vá preparado para andar! Claro que você pode simplesmente passar o dia em uma das nove praias, mas eu indico andar primeiro e relaxar depois!

( Vista do barco, chegando à ilha).

No total são quatro rotas nas Ilhas Ciés, todas com trilhos sinalizados: rota do Faro de Cíes, rota do Alto do Príncipe, rota do Faro da Porta e a rota do Faro do Peito.

Eu escolhi a Rota do Faro de Cíes, considerada a mais emblemática e a mais longa.

Com uma distância de 7.5 quilômetros, ela tem início no cais de Rodas e passa por grande parte da Ilha do Faro, até chegar ao farol. Imperdível e lindo demais!

(Andar com essa vista fica mais fácil!)

A vista do miradouro do farol é inacreditável: o mar azul turquesa, as ilhas, as falésias e as praias estão literalmente aos seus pés!

(A caminhada compensa: a vista do alto é maravilhosa!)

Obrigada, querida!!!

Aguardem a continuação desse post: SANTIAGO!

“A NOSSA ALMA ESPERA NO SENHOR; ELE É O NOSSO AUXÍLIO E O NOSSO ESCUDO.” Salmos 33- 20

FEIRA DO LIVRO EM LISBOA

Ah, Lisboa! Do fado, do pastel de nata de Belém, dos vinhos, do bacalhau, dos azulejos, do Tejo, de Fernando Pessoa, da cultura e…da Feira do Livro.

Ainda não fui conhecer, mas vejo-a através de fotos sob o olhar atento da minha filha Fabiane que mora lá e me envia, porque sabe como gosto.

Esta edição oferece uma programação cultural distinta, mais completa e com atividades para todas as idades, voltando ao que já era antes da pandemia.

As várias apresentações, os debates, os lançamentos de novos livros, as mesas redondas, as entregas de prêmios e sessões de autógrafos estão presentes.

Essa Feira do Livro acontece desde maio de 1930 no Parque Eduardo VII e pensem como deve ser maravilhoso andar ao ar livre e desfrutar da beleza do lugar aliada à beleza dos livros!

Nessa edição de número 92,  tem como convidado de honra, a Ucrânia que está presente num expositor dedicado a esse país.

Pois é, enquanto não vamos até lá para conhecer, vamos desfrutando por aqui essas fotos dessa encantadora cidade além-mar…

“QUEM ME DERA, AGORA, QUE AS MINHAS PALAVRAS SE ESCREVESSEM! QUEM ME DERA QUE SE GRAVASSEM NUM LIVRO!” Jó, 19- 23

UM ABRIL DE PROGRAMAÇÕES!

Como fiquei feliz por nesse mês de Abril, começar a comparecer a reuniões presenciais, ir a novos lançamentos de livros, reunir-me com alunos e pessoas de fora!

A primeira reunião da AML (Academia Mourãoense de Letras)foi no dia 13 e matamos saudades!

Nesse dia aproveitei para trocar livros com a confreira Marlene Kohts (Um Dia Normal) e o confrade Arleto, adquiriu o meu Acalanto.

Uma honra!!!

Depois veio uma linda surpresa no Facebook para mim: os irmãos poetas George Abrão e Daniel Maurício, amantes das artes em geral, fizeram em sua página uma bela homenagem como destaque na literatura paranaense.

Sílvia Fernandes- escritora em versos e prosa junto a minha biografia, o que muito me sensibilizou.

Sobre o dia 16, meu aniversário, já coloquei o post: “Meu nome, Alegria; sobrenome Gratidão” com fotos.

Outro evento formidável (dia 19), foi o lançamento de dois livros escritos pela confreira Benedita Lima Cristófoli: “Conto e Contos” e “Duas Vidas bem Vividas”.

Foram momentos de pura emoção com suas duas bisnetas cantando lindamente; um coquetel maravilhoso; um duo de violão e voz que nos deixou tão à vontade que nem queríamos ir embora…

Pensam que terminou?

Nananinanão!!!!

No dia seguinte, 20, no período da tarde, já estávamos na Biblioteca Municipal onde fomos agraciados com uma apresentação dos alunos do Colégio Estadual Antonio Teodoro de Oliveira ( ATO).

Eles fizeram a leitura de todos os 25 textos e poemas do livro da AME (Associação Mourãoense de Escritores): “ENTRE LENTES E LETRAS”, que já coloquei aqui quando do lançamento em “Dezembro e seu Começo”.

(Nessa foto, as duas alunas que leram meu texto: “A Velha Máquina de Escrever)

Os alunos saíram-se muito bem o que nos deixou emocionados e os professores e diretores do colégio, orgulhosos!

(É claro que eu tive que falar… quem me conhece, já sabe…)

No dia 28, quinta feira à noite, fizemos o lançamento do livro “Obras Reunidas do Padre Pedro Poletto” na sede da Diocese, um lugar propício para esse evento.

O religioso que era italiano, foi homenageado por suas contribuições literárias e linguísticas, tendo vivido por muitos anos como pároco em Campo Mourão como dedicado sacerdote.

(Com a presidente da AML, Dalva Helena de Medeiros, com o padre Jurandir Aguillar, pároco e acadêmico da Cadeira 17 e com Giselta e Gilson em um momento de descontração)

E para encerrar essa agenda movimentada do mês, dia 29, fui até a Biblioteca Municipal para o encontro regional de Bibliotecas Públicas onde, como convidada, pude relatar experiências no universo da literatura em geral.

(Na foto maior, com as palestrantes de Curitiba: Marta Sienna e Neiva Minozzo)
(Com os participantes)

Terminei fazendo um sorteio do meu último livro “Acalanto” e a feliz ganhadora foi a Rosely Gomes da Silva da cidade de Quinta do Sol.

UFA!!!!!!!!!!!!!

Que Maio chegue igualmente com muito fôlego para promovermos cada vez mais, a disseminação da cultura em nossa cidade!

“ESPEREI COM PACIÊNCIA NO SENHOR, E ELE SE INCLINOU PARA MIM, E OUVIU O MEU CLAMOR.” Salmos, 40-1

UM ENCONTRO EM TOLEDO

O primeiro encontro de Academias que participei, foi em Londrina no ano de 2019.

Em 2020 as festividades foram canceladas devido à pandemia.

E nesse outubro de 2021 pudemos, graças a Deus, nos encontrar, claro que com os devidos cuidados, na linda Toledo.

A abertura se deu no Olinda Park Hotel onde fui representando a Academia Mourãoense de Letras.

Cheguei de ônibus em menos de quatro horas e fiquei encantada com a cidade! Quero logo ter outra oportunidade para visitá-la.

As palestras, almoços e jantares foram todas no mesmo local da hospedagem e, logo depois de um banho, fomos todos recepcionados por artistas do Circo Ático.

Coloquei nosso banner em evidência ao lado do 15º Encontro de Toledo.

Às 17 horas deu-se a solenidade de abertura dos trabalhos com a formação da mesa de honra e a presença do prefeito Beto Lunitti, do presidente da Academia de Letras do Paraná, Ernani Buchmann e da presidente da Academia de letras de Toledo, Lucrécia Welter, além de outras autoridades.

O Hino Nacional foi cantado por uma voz feminina e logo depois o Hino da ALT cantado por um casal convidado.

Todos estávamos portando a pelerine e após os discursos foi feita a foto oficial do encontro.

Foi um momento de congraçamento entre as Academias presentes e onde aproveitei para presentear meu livro Acalanto ao presidente da ALP.

Seguiu-se a apresentação de um grupo de 15 mulheres “Encanto Sul” que cantaram e dançaram lindamente.

Enquanto era servido um coquetel, apreciamos a apresentação da Orquestra São Gonçalo de Viola Caipira e numa descontração total, alguns pares saíram bailando…

Assim encerramos esse primeiro dia.

Essa modernidade às vezes chega a me surpreender!

Em duas telas grandes de TV bem posicionadas, chegou até nós o palestrante professor Dr. Stefano Busellato diretamente da Itália.

O tema foi “Dom Quixote: o duelo entre literatura e realidade”.

Envolvente a apresentação mostrando a interpretação romântica e realista do autor onde o herói confunde a ilusão com a realidade.

O autor espanhol, Miguel de Cervantes, trás através de seu livro, que é um dos mais importantes clássicos da literatura, a amada Dulcinéa, o fiel amigo e companheiro Sancho Pança e seu cavalo Rocinante.

Seguimos ainda, pela manhã, com a palestra do Mestre Jorge Pereira, (um jovem rapaz) sobre a “Escrita Criativa e Construção de Personagens”.

Interessante a colocação de que quando criamos um personagem, ele pensa em viver. E segue:

-experimentação verbal- quando o pensamento é transformado em palavras;

-alegorias- personagens e vozes da narrativa;

-símbolo- o personagem tem que existir;

-palavra como elemento fundamental- entrando na narrativa.

Sobre as estruturas: tempo/ espaço/ personagens/ intriga.

Em seguida, vários acadêmicos apresentaram as atividades de suas respectivas academias até irmos almoçar o tão esperado e tradicional “Porco no Rolete”, prato típico da cidade.

Tivemos pouco tempo para o descanso (ainda mais desse almoço delicioso) porque às 14:00 horas já estávamos prontos para uma nova palestra.

Foi a vez do também jovem, Lucas Fonseca com uma mesa de conversa sobre “O Artista em Processo- literatura e artes plásticas”.

Iniciou falando sobre o criador e a criatura, desenvolvendo a visualidade (do autor e do leitor), o tempo e o produto (o livro).

Sobre o livro pensar sobre o pessoal como sua obra e o profissional como o mercado, extensão e o produto.

Logo depois voltamos às apresentações dos acadêmicos contando sobre as atividades das suas respectivas academias.

Foi aí que coloquei o nosso banner à frente, ao meu lado, onde se lia nele toda a nossa programação e projetos.

Como o tempo máximo de explanação era de cinco minutos, comecei saudando as Academias presentes, em nome da nossa presidente Dalva Helena de Medeiros contando sobre a impossibilidade de sua presença por há muito tempo estar com viagem marcada.

Falei sobre o “Café com Letras” e o “Primeiro Concurso Internacional de Poesias” onde naquele mesmo dia (30-10) encerrava as inscrições com mais de 1000 inscritos de todo o Brasil e outros países e também dos diversos lançamentos de livros, sendo pela AML os livros “Ad Immortalitatem” e “Obras Reunidas- Pedro Poleto” e diversos acadêmicos, como: Silvania Maria Costa (Enquanto o Tempo Passava), Dalva Helena de Medeiros (1.História e Trajetória do Curso de Pedagogia da Unespar/Fecilcam; 2. Obra Póstuma: Síntese Existencial Constantino de Medeiros), Jair Elias dos Santos Júnior (1. Araruna, a história de uma Cidade; 2. Uma História de Gerações- 70 anos do Clube Social e Recreativo 10 de Outubro); Marlene Kohts (Um Dia Normal) ; Edcleia Basso (Ensinar e Aprender uma Língua Estrangeira/ adicional nas diferentes idades vol.2) e eu com o lançamento on line do livro Acalanto.

Encerrei minha fala com a poesia “História sem Fim” sobre Campo Mourão.

Foram muitas pessoas usando a palavra para saudações e o momento foi de congraçamento.

Aproveitamos para observar a exposição de telas distribuídas juntamente com os banners das outras Academias presentes.

Tivemos um tempo para descansar antes de voltarmos para assistir a apresentação da Invernada Adulta do CTG- Província Gaúcha com muita animação por parte de todos os presentes.

Em seguida, a ALT prestou uma homenagem a todas as instituições presentes onde cada acadêmico foi convocado a fazer uma poesia para outra academia visitante.

Recebi três poemas, sendo dois para a AML e outra para a Academia de Filosofia de Campo Mourão.

Muito singelo o gesto escrito em letra cursiva e em papel pergaminho.

Fomos então ao jantar em comemoração aos 10 anos da ALT, com direito a bolo e mais fotos.

Nesse momento a chuva veio forte o que prejudicou a presença de muitos ao Sarau dos Acadêmicos que era em outro prédio.

Eu mesma fui diretamente ao meu apartamento para um merecido descanso.

Às nove horas do domingo, já depois de um gostoso café, voltamos para a palestra on line –interativa, da professora doutora Sonia Sirtoli Farber sobre “As Interfaces da Tanatologia nas Produções Literárias e sua contribuição para o enfrentamento das perdas”.

Ela, uma pessoa extremamente doce e gentil, iniciou falando sobre a realidade da morte.

Mas o que vem a ser a Tanatologia?

A ciência da vida e da morte que visa entender o processo de morrer e do luto.

E as letras são uma forma de imortalidade.

Escrever é uma resistência à morte que não deixa de ser uma realidade normal.

Quando fala sobre “sermos salvos pelos nossos autores”, ela deixa claro seu imenso reconhecimento a Dostoievski (Crime e Castigo, Os Irmãos Karamazov), seu autor preferido.

Deixando em aberto para perguntas ou interferências, fui a primeira a levantar e recitar o haicai de minha autoria:

Os poetas mortos

estão vivos nas lembranças.

Viverei um dia?

Foram feitas várias outras intervenções após a palestra aplaudidíssima por todos e em seguida passou-se aos temas sobre a pandemia onde diversos autores, inclusive eu com a poesia “E não houve Carnaval…”, leram seus poemas.

O término foi com o momento ALCA ( Associação das Academias de Artes e Letras do Paraná) com apresentação de trabalhos e da diretoria gestão 2023-2024 a ser eleita e empossada no 16º encontro em Irati, novembro de 2022.

A presidente da ALT e ALCA, Lucrécia Welter Ribeiro, foi homenageada com agradecimentos e flores.

Foi lida a Carta de Toledo com a avaliação do encontro e encerrada a solenidade.

Após o almoço, despedidas e saldo positivo com novos amigos que fizemos.

Acima eu e LUCRÉCIA, depois EDY, eu e MALGARETE/ abaixo MARIA EUNICE, eu, MARLENE e MARIA DILONÊ

Voltei para casa com um casal muito amável da cidade de Cornélio Procópio, Solange e professor Armando Paulo da Silva, representando a Academia de lá.

E preparem-se todos:

2023 o 17º Encontro de Academias vai ser aqui!!!

Acima, os acadêmicos da Academia de Letras de Toledo que tão bem nos recepcionaram.

Gratidão!

Campo Mourão espera todos de braços abertos!

“Ó SENHOR, SENHOR NOSSO, QUÃO ADMIRÁVEL É O TEU NOME SOBRE TODA A TERRA!” Salmos, 8- 9

A SABIÁ QUE SE TORNOU SÁBIA

Era uma vez uma Sabiá que vivia em uma gaiola dourada.

Ela não gostava dali, mas como tinha um bom coração às vezes cantava muito e todos pensavam que ela era feliz.

Ela tinha um sonho: sair dali e ser livre, poder voar e conhecer o mundo!

Os dias se passavam e ela se debatendo contra a grade da gaiola, ou, cantando uma melodia triste.

O sonho continuava; quem sabe um dia ela poderia sair daquela prisão?

Um belo dia ela acordou e viu a porta da gaiola aberta.

Arregalou os olhos e foi aos poucos experimentando pé ante pé para saber se realmente estava acordada.

Assim, chegou à porta que escancarava como mágica e ela alçou voo.

No começo nem podia acreditar no que estava acontecendo: ela estava realmente livre!

E a Sabiá voou até cansar…

Passou por cidades, montanhas, rios e mares, olhando tudo enquanto de seus olhos pingavam lágrimas de alegria.

E descobriu mundos, viveu todas as suas fantasias!

E, claro, nessa orgia de libertação, também saiu machucada.

Suas escolhas faziam diferença em seu dia a dia e por mais que quisesse acertar, errava feio; nessas horas sentia como que uma brisa suave que a envolvia e protegia das maldades do mundo.

Mas ainda assim, prezava sua liberdade acima de tudo e aos poucos foi aprendendo a dosá-la.

O tempo foi passando e, como acontece com muitos, ela acabou superando sua ansiedade e foi se tornando melhor, mais ponderada, coisas que só acontecem com quem viveu e teve experiências.

Até que um dia ao voar perto de um grupo de jovens sabiás, ouviu o que diziam:

– Quando crescer quero ser igual a ela! Disse uma delas.

– Como ela é inteligente! Disse outra.

E assim, nossa Sabiá voou sorrindo, sabendo que com o tempo ela tinha trocado o acento de seu nome.

Agora ela era Sábia!

Imagens: 1) elo7; 2) portal de educação infantil; 3) zoológico de Brasília

“OLHAI PARA AS AVES DO CÉU, QUE NÃO SEMEIAM, NEM SEGAM, NEM AJUNTAM EM CELEIROS; E VOSSO PAI CELESTIAL AS ALIMENTA. NÃO TENDES VÓS MUITO MAIS VALOR DO QUE ELAS?” Mateus, 6- 26.

REFLEXÕES EM MEIO A UMA PANDEMIA

No dia 16 de março, coloquei aqui um texto da minha filha, “O QUE PODEMOS APRENDER COM ESSA PANDEMIA“.

Mais de um mês se passou e ela escreve novamente, agora refletindo sobre o tema.

Uma oportunidade para nós refletirmos juntos.

“É engraçado fazer parte da história…

Quero dizer, uma história que será estudada e falada para sempre. Uma história que ficará marcada porque o mundo todo fez parte dela, sem exceções: ricos, pobres, brasileiros, europeus, africanos, chineses…

Ninguém passou incólume por essa pandemia.

Já estou na fase de achar cansativo fazer parte da história.

Sou sagitariana, é muito difícil para mim ficar presa, sem poder abrir minhas asas e voar.

Mas tenho sorte! Vejo da sacada do meu quarto o céu azul, tenho espaço para tomar sol e a minha vista é o rio Tejo – que eu chamo de mar, para acalmar meu coração.

Não posso reclamar… mas ainda assim a agonia de não saber até quando isso tudo vai durar teima em atormentar meus pensamentos.

Não sou de fazer planos, deixo a vida me levar, mas não poder nem mesmo deixar levar tem sido um exercício difícil para mim.

Mas como disse, não posso reclamar.

Em Lisboa é permitido sair, ir ao mercado, farmácia… Minha programação tem sido essa: trabalho de segunda à sexta, e sábado vou ao mercado!

Virou o programa da semana!

Assim pego um sol, respiro ar puro, vejo pessoas e percebo que a vida segue, em outro ritmo, mas tudo bem.

Apesar de correr ser permitido, tenho evitado.

Mas há dias que tudo o que eu preciso é sair correndo, literalmente.

Essa semana resolvi fazer isso. Não pensando em manter a forma, mas sim em manter a sanidade.

E foi maravilhoso! Ver a cidade calma, dormindo, quase fantasma…

Os pontos turísticos vazios, as ruas desertas.

Era possível ouvir os pássaros!

Sei que nunca mais verei Lisboa tão vazia. E nunca mais verei a cidade da mesma maneira.

Foi estranho, mas ao mesmo tempo inesquecível.

No caminho descobri construções, casas, história. E pensava no futuro, quando todas as pessoas puderem retomar sua rotina.

Não acredito que a vida será igual ao que era.

E torço para que não seja mesmo. Espero que toda essa solidariedade despertada se mantenha para sempre. Espero que os encontros e abraços sejam mais valorizados. Que o cuidado com o planeta e com os seres humanos sejam mais constantes, passem a fazer parte do dia a dia.

Acho que ninguém vai sair da mesma forma que entrou nessa quarentena.

E isso é ótimo! Precisamos evoluir, precisamos perceber o que realmente é importante. Precisamos nos conhecer mais.

Reflexões…

Mas estou muito otimista que isso tudo vai passar logo!

E em breve poderemos nos reencontrar e contar orgulhosos que sobrevivemos!

Com mais amor, com mais fé em Deus, com mais atenção ao próximo.

Enfim, melhores!”

Obrigada, mais uma vez, por repartir conosco seus textos inspiradores!

“TODAVIA, EU ME ALEGRAREI NO SENHOR, EXULTAREI NO DEUS DA MINHA SALVAÇÃO.” Habacuque, 3- 18