Às vezes isso acontece: levanto no meio da noite e começo a escrever.
Não deu outra: saiu poesia!
E NÃO HOUVE CARNAVAL…
As mãos que agitavam pandeiros,
faziam rufar tambores,
que tiravam lamento das cuícas,
movimentaram-se, salvando vidas,
curando dores.
O que foi feito de ti, Carnaval?
Perdeu a luta,
foi vencido, esmagado,
por um inimigo invisível
deixando-o aniquilado?
Ah, quantas glórias tiveste!
Paravas tudo, achando-se invencível.
Mas nessa quarta feira,
de cinzas e temores,
enfrentou inimigo terrível!
Ouvem-se vozes de lamento,
gritos na escuridão.
São choros convulsivos,
saídos do coração,
ecos na solidão.
E, se almejas voltar
a desfilar na Avenida,
tens que derrotar primeiro
esse ser traiçoeiro
que ameaça tua vida.
Então vozes de choro
silenciarão.
E sons de pandeiros,
tambores e cuícas,
trarão de volta a canção.
“Vou beijar-te agora
não me leve a mal
hoje é Carnaval.”
E a guerra enfim,
terminou!

Imagem 1: Fala, Nubank; Imagem 2: Fala! Universidades
“PORQUE A PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS QUE PERECEM; MAS PARA NÓS, QUE SOMOS SALVOS, É O PODER DE DEUS.”I Coríntios, 1- 18