Sempre quando viajo, observo aquelas pequenas casas no meio do nada e fico pensando tanta coisa… será que mora alguém ali? Como será que vivem longe de tudo? E assim surgiu esse poema. Apenas conjecturas…
CASEBRE
Tão pequeno,
isolado…
Na beira da estrada
parece vazio,
abandonado.
—–
Mil olhos o veem
e ele lá, calado.
Parece pintura,
parte de um quadro
desbotado.
—–
Passa o dia
vem a noite.
Cai a chuva
e ele lá.
Sem dono.
—–
Servindo de encosto
às arvores que se esfregam,
retorcem,
contorcem.
E ele lá.
—–
Servindo de abrigo
pra bichos
porque nem gente,
carente,
quer ali pernoitar…
Imagem: paisagensemfotos.blogspot.com
(Do meu livro Um Pouco de Mim)
Casebre, uma poesia lírica e a foto muito sugestiva. Gostei muito Silvia!.
Obrigada, amiga!!! Grande beijo!!!