POETIZANDO… FÁTIMA SARAIVA

Maria de Fátima Saraiva Ferreira é graduada em geografia e começou a escrever em março de 2015.

A partir daí não parou mais: saudades, problemas cotidianos e muito amor é o que prevalece em sua poesia.

“Foi de repente” é o poema escolhido para fazer parte dessa galeria de poetas mourãoenses.

Fátima faz parte da AME (Associação Mourãoense de Escritores) e foi presidente de abril de 2017 a abril de 2019.

Esse poema escolhido faz parte do livro “Caminhos “In” versos e prosas VII” onde você encontra outros poemas seus.

“MAS A TODOS QUANTOS O RECEBERAM DEU-LHES O PODER DE SEREM FEITOS FILHOS DE DEUS: AOS QUE CREEM NO SEU NOME.” João, 1- 12

POETIZANDO… VINÍCIUS DE MORAES

Vinicius de Moraes foi um poeta, dramaturgo, escritor, compositor e diplomata brasileiro.

É autor de “Soneto de Fidelidade”, uma das mais importantes obras da literatura Brasileira, da peça “Orfeu da Conceição”, e ainda, um dos precursores da Bossa Nova no Brasil.

Foi durante a segunda fase do modernismo no Brasil que Vinícius de Moraes teve destaque com suas poesias eróticas e de amor.

No período de 1949 a 1951, entra em contato com expoentes da literatura, como o pernambucano João Cabral de Melo Neto – que contribui para a publicação do poema Pátria. Passa a conviver com o chileno Pablo Neruda e o pintor Di Cavalcanti.

No regresso ao Brasil, em 1951, volta a trabalhar no jornalismo, desta vez no Última Hora, onde colabora por meio de crônicas e permanece na crítica cinematográfica.

Lança sua antologia poética, “A Noite”, trabalho que conta com a atuação de Manuel Bandeira na organização.

As parcerias com João Gilberto e Tom Jobim se revelam promissoras em 1959 com o movimento denominado “Bossa Nova”e suas composições são interpretadas por João Gilberto no disco “Chega de Saudade”.

Frases

  • Eu talvez não tenha muitos amigos, mas os que eu tenho são os melhores que alguém poderia ter.”
  • Eu poderia, embora não sem dor, perder todos os meus amores, mas morreria se perdesse todos os meus amigos.”
  • Se o cachorro é o melhor amigo do homem, então uísque é o cachorro líquido.”
  • Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval.”
  • A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros nesta vida.”
  • A vida é a espera da morte. Faça da vida um bom passaporte.”

“GRAÇAS TE DOU, Ó SENHOR, PORQUE, AINDA QUE TE IRASTE CONTRA MIM, A TUA IRA SE RETIROU, E TU ME CONSOLASTE.”Isaías, 12- 1

A MULHER NUA

Ontem, 20 de outubro, foi o dia do Poeta.

E, como já dizia Pessoa, o poeta é um fingidor…finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.

E cá estou eu, comemorando a data com mais uma poesia minha, fingindo ser poeta…

A MULHER NUA

Ela se deixou ver.

– Vejam, olhem como sou!

Gritava ela.

E o espanto estampou-se

em rostos enigmáticos,

assustados.

Abrindo os braços,

mostrava toda a dor sentida

no corpo e na alma.

Incompreendida

pelo mundo,

sofrendo sem amor.

Que passava em sua mente

nesse instante de abandono cruel?

Era como um rio caudaloso

levando sua dor

tal qual

um barco de papel.

Alguém perto protegeu-a

com um manto qualquer.

E ela se foi,

coberta a nudez,

sem destino, na luta pela vida,

apenas, mais uma mulher.

Sílvia Fernandes-escritora

Desenho: dreamstime

“AGORA, POIS, MINHA FILHA, NÃO TEMAS; TUDO QUANTO DISSESTE TE FAREI, POIS TODA A CIDADE DO MEU POVO SABE QUE ÉS MULHER VIRTUOSA.” Rute, 3- 11

AGORA É TARDE, INÊS É MORTA

Achei tão interessante essa matéria que resolvi postar para vocês- é da minha filha jornalista Fabiane Prohmann.

Fabiane Prohmann

Colaboração para Nossa, de Coimbra (Portugal)

24/05/2023 16h10

Veja mais em https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2023/05/24/agora-ines-e-morta-conheca-a-tragica-historia-de-amor-por-tras-do-ditado

Provavelmente você já ouviu, ou até mesmo usou, o ditado popular “Agora é tarde, Inês é morta” para dizer que agora não adianta mais, já era, é muito tarde para fazer algo a respeito…

Mas você sabe qual a sua origem?

Essa expressão é inspirada em uma das mais bonitas e trágicas histórias de amor da Europa medieval: o amor proibido de Dom Pedro 1º (oitavo rei de Portugal) e a dama galega Inês de Castro.

A triste e macabra história de amor do casal pode ser comparada a ‘Romeu e Julieta’, de Shakespeare, com a diferença de que essa é real e teve como palco as cidades de Coimbra e Alcobaça, em Portugal.

Apesar de casado, o então príncipe Pedro manteve com Inês uma relação proibida, mas nem tão secreta, que gerou quatro filhos. Depois da morte da esposa oficial, a princesa de Castela Constança Manuel, Dom Pedro passou a viver maritalmente com Inês, o que gerou um escândalo na corte.

(Dom Pedro e sua amante Inês, com quem teve 4 filhos- Imagem Reprodução)

Com a autorização do rei Dom Afonso 4º, pai do príncipe, Inês foi assassinada em janeiro de 1355.

Após a morte do rei, em 1357, Dom Pedro assume o trono de Portugal, e uma das suas primeiras ações foi mandar matar os assassinos de sua amada.

Pouco tempo após ser coroado, Dom Pedro convoca a nobreza, o clero e o povo para comparecer no Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, onde Inês estava sepultada.

( Em cerimônia no castelo, convidados tiveram que beijar a mão do cadáver de Inês, exumada para a cerimônia Imagem: Heritage Images via Getty Images)

Para o evento, Inês foi desenterrada e vestida apropriadamente com uma roupa luxuosa e uma coroa. Sentada no trono, todos os presentes foram obrigados a beijar a mão direita de Inês.

(Arte que retrata Dom Pedro 1º e sua amada, a “rainha cadáver” Inês de Castro- Imagem: The Women´sArt Collection, Murray Edwards College/Paula Rego)

Claro que a vontade de Dom Pedro era de que Inês de Castro estivesse viva para reinar ao lado dele, mas isso não foi possível porque “Agora Inês é morta”.

Assim, foi realizada a coroação da primeira e única rainha póstuma de Portugal. Ao final da cerimônia, os restos mortais da “rainha cadáver” foram levados para o Mosteiro de Alcobaça, mesmo lugar onde foi sepultado D. Pedro, em 1367.

(Juntos na eternidade: o túmulo de Inês está na frente do sarcófago do rei, no Monastério de Alcobaça – De Agostini via Getty Images – )

Gostaram?

Eu, sinceramente, não conhecia essa história…

É muito amor desse Dom Pedro, não?

“DE TODA ÁRVORE DO JARDIM COMERÁS LIVREMENTE, MAS DA ÁRVORE DA CIÊNCIA DO BEM E DO MAL, DELA NÃO COMERÁS; PORQUE, NO DIA EM QUE DELA COMERES, CERTAMENTE MORRERÁS.” Gênesis, 2- 16 e 17

10 ANOS DO BLOG

E não é que cheguei aos 10 anos?

Para mim cada semana é um novo desafio: escrever uma crônica, uma poesia, uma receita, indicar uma leitura, ensinar tricô, crochê, escrever sobre viagens, sobre livros, etc.

Mas é com o maior prazer que faço e, quando vejo mensagens e leitores de tantos países, meu coração se enche de alegria.

E para comemorar essa data, vou de poesia.

O NASCER DO SOL

UM DIA MEU AMOR LEVOU-ME

A VER O DIA AMANHECER.

A PRAIA ESTAVA DESERTA

E O MURMÚRIO DAS ONDAS

ERA COMO MELODIA

ME FAZENDO AQUECER.

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E NA LINHA DO HORIZONTE

ELE MAJESTOSO APARECEU,

COLORINDO CÉU E MAR

COM UM PINCEL TODO SEU,

MUDANDO E VOLTANDO

SEM DEIXAR DE BRILHAR.

____________________

NOS SENTAMOS NA AREIA BRANCA

MÃOS DADAS, CALADAS,

DIANTE DO FASCÍNIO QUE PROVOCAVA.

ERA COMO SE FOSSEM SOMADAS

A FORÇA, O PODERIO, A GRANDEZA

E A BELEZA QUE EMANAVA.

____________________

E FIQUEI FELIZ EM ESTAR ALI

NAQUELE EXATO MOMENTO.

MEU AMOR LEVOU-ME

A VER O DIA AMANHECER;

E EM MUITOS OUTROS,

PELA VIDA AFORA

VI O SOL, SOZINHA, APARECER.


“EU, O SENHOR, ESQUADRINHO O CORAÇÃO; EU PROVO OS PENSAMENTOS; E ISSO PARA DAR A CADA UM SEGUNDO OS SEUS CAMINHOS E SEGUNDO O FRUTO DAS SUAS AÇÕES.”Jeremias, 17- 10

Imagens: 1) Pinterest; 2) Pajaris

MAIS UM NATAL…

AH, O NATAL…PASSOU!

OS ABRAÇOS, PRESENTES E PRECES,

O SENTIMENTO DO AMOR, ESSE FICOU.

QUE PERDURE SEMPRE ESSA LUZ

PASSANDO PRA TODO MUNDO

AS BÊNÇÃOS DO MENINO JESUS!

Esses enfeites acima, são da minha casa na estante da sala.

E tem muitos mais e em todos os lugares.

Agora é desejar uma semana festiva e encerrarmos o ano com esperança e fé!

“E ENTRANDO O ANJO ONDE MARIA ESTAVA, DISSE: SALVE, AGRACIADA; O SENHOR É CONTIGO; BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES.” Lucas, 1- 28

ELA, ELE E O HAICAI

Ela era tão jovem e sonhadora…

Gostava de flores, das árvores, dos animais do campo, dos riachos e do silêncio.

Passava horas sentada embaixo daquela “sua” árvore, um ipê florido, à beira do lago.

Pensava em quão lindas seriam as cerejeiras do Japão…

Tinha a maior vontade de conhecer suas origens e esse país que ela admirava tanto por suas paisagens belíssimas e pessoas tão apegadas às suas tradições!

Em seu colo, sempre um livro aberto ou um caderno no qual escrevia seus haicais e poemas.

“PERFUME NO AR,

JAPONESAS CONVERSANDO.

SÃO AS CEREJEIRAS.”

Nesse momento, fechou os olhos e pareceu ouvir as vozes sussurradas das japonesas sob as árvores carregadas de flores.

Sentiu o perfume que exalavam e abrindo os olhos tomou em suas mãos uma folha de papel que começou a dobrar, várias vezes, sem formar nada.

– Por que não consigo fazer maravilhas como fazem os japoneses?

E novamente escreveu:

“AS DOBRAS SUTIS

NO PAPEL TOMARAM FORMAS.

SÃO OS ORIGAMIS.”

– Ainda bem que consigo me expressar escrevendo. Falou baixinho.

– Não deixa de ser uma forma linda de se expressar também! Alguém disse.

Ela olhou assustada, repentinamente tirada do seu devaneio, para um jovem japonês parado ao seu lado.

– Por favor, não se assuste! Disse ele. Tenho passado sempre por aqui e vejo você sozinha, tão pensativa, sempre a ler, a escrever. Fico lá longe observando, mas hoje tomei coragem para me aproximar.

E ele se sentou ao lado da jovem.

Começava aí uma grande amizade, uma história de repartir conhecimentos, sonhos e amor.

Ficavam horas ali conversando.

Ele a contar histórias do seu país, ela a contar causos do seu.

Lá de longe, quem olhasse veria, às vezes, ela dançando tão leve, enquanto ele olhava encantado e, outras vezes, ela sorrindo muito enquanto ele mostrava a dança dos samurais.

De repente paravam e começavam a escrever.

Faziam isso muitas vezes e um mostrava ao outro, os versos que escreviam.

“VEM VINDO APRESSADO!

NO SILÊNCIO, OUÇO O GALOPE.

CAVALGO NO VENTO.”

– Eu sou como aquele que cavalga no vento. Disse ele. Venho de longe e quem sabe um dia, volto em suas asas…

“FLORES PROCURANDO

UM GIRASSOL AMARELO.

O SOL LÁ NO CÉU.”

– E esse que acabo de escrever é como sou. Disse ela. Em eterna procura de outros povos, outras pessoas, outros lugares.

E assim passavam os dias e eles se aproximando cada vez mais.

Em um dia, ela encontrou um papel dobrado em seu caderno.

“NA ESSÊNCIA DA VIDA

DESCUBRO, CHEIO DE ENCANTO,

PERFUME DE AMOR.”

Ela sorriu e guardou aquela declaração tão singela dele.

O tempo foi passando e um dia ele contou que precisava retornar ao seu país.

“MISTURARAM GOSTOS,

GESTOS, SALIVAS, TEMORES.

CHORARAM NO ADEUS.”

– Eu volto! Disse ele. Volto para te buscar!

E dia após dia, lá estava ela, com o caderno aberto em seu colo, muitas vezes o olhar perdido e, algumas vezes, lendo alto o que acabara de escrever.

“MURCHARAM AS FLORES,

PÉTALAS SE DERRAMARAM.

LÁGRIMAS DE DOR!”

E ela chorava baixinho lembrando quão doces foram os momentos passados com ele.

“ CHEIRO DE PERFUME

NA PELE LIMPA DO BANHO.

VOLTE, MEU AMOR!”

E as chuvas caíram e ela lá a escrever:

“A CHUVA CAINDO

MOLHA OS PENSAMENTOS MEUS.

ESTOU NAUFRAGANDO!”

E ali, naquele lugar onde foi tão feliz tantas vezes, ela se deixou ficar, as gotas da chuva misturadas com suas lágrimas sentidas.

Achou que ia morrer…

Sua roupa molhada, tão fria, colava em seu corpo já tão fraco da espera.

Fechou os olhos e começou a ouvir a melodia dos sinos dos ventos espalhados nas árvores ao redor.

Aos poucos foram sumindo e ela sentiu que estava prestes a entrar em um outro mundo.

De repente, sentiu uma pressão forte em seu corpo e estava com que pairando no ar.

Eram braços fortes que a seguravam com todo o carinho possível e a levavam para baixo de um abrigo.

“ AH, AQUELES RAIOS

ROMPENDO POR ENTRE FOLHAS!

DE NOVO ESPERANÇA.”

Ela abre os olhos e tudo se transforma!

“ DE REPENTE, O SOL.

É LUZ, CALOR, ENERGIA!

TRANSFORMO MEU CORPO!”

-Voltei para te buscar! Ele diz.

E ela, como por encanto, sente-se revigorada!

E quem olhasse de longe, veria o casal, mãos dadas, seguindo em direção ao arco íris no céu.

“ NAS MÃOS, UMA FLOR.

LEVO COMIGO FELIZ,

UM BRINDE AO AMOR!”

 

Essa história escrevi há muito tempo atrás e é uma homenagem a um povo ao qual tenho profunda admiração.

Foi publicada na “CIDADE EM REVISTA”, número 48 de fevereiro de 2018, da minha amiga, Cidinha Coletty.

Imagens: 1) rotadeferias, 2) 3) e 4) Pinterest

“A ESPERANÇA DEMORADA ENFRAQUECE O CORAÇÃO, MAS O DESEJO CHEGADO É ÁRVORE DE VIDA.” Provérbios, 13- 12

 

REFLEXÕES EM MEIO A UMA PANDEMIA

No dia 16 de março, coloquei aqui um texto da minha filha, “O QUE PODEMOS APRENDER COM ESSA PANDEMIA“.

Mais de um mês se passou e ela escreve novamente, agora refletindo sobre o tema.

Uma oportunidade para nós refletirmos juntos.

“É engraçado fazer parte da história…

Quero dizer, uma história que será estudada e falada para sempre. Uma história que ficará marcada porque o mundo todo fez parte dela, sem exceções: ricos, pobres, brasileiros, europeus, africanos, chineses…

Ninguém passou incólume por essa pandemia.

Já estou na fase de achar cansativo fazer parte da história.

Sou sagitariana, é muito difícil para mim ficar presa, sem poder abrir minhas asas e voar.

Mas tenho sorte! Vejo da sacada do meu quarto o céu azul, tenho espaço para tomar sol e a minha vista é o rio Tejo – que eu chamo de mar, para acalmar meu coração.

Não posso reclamar… mas ainda assim a agonia de não saber até quando isso tudo vai durar teima em atormentar meus pensamentos.

Não sou de fazer planos, deixo a vida me levar, mas não poder nem mesmo deixar levar tem sido um exercício difícil para mim.

Mas como disse, não posso reclamar.

Em Lisboa é permitido sair, ir ao mercado, farmácia… Minha programação tem sido essa: trabalho de segunda à sexta, e sábado vou ao mercado!

Virou o programa da semana!

Assim pego um sol, respiro ar puro, vejo pessoas e percebo que a vida segue, em outro ritmo, mas tudo bem.

Apesar de correr ser permitido, tenho evitado.

Mas há dias que tudo o que eu preciso é sair correndo, literalmente.

Essa semana resolvi fazer isso. Não pensando em manter a forma, mas sim em manter a sanidade.

E foi maravilhoso! Ver a cidade calma, dormindo, quase fantasma…

Os pontos turísticos vazios, as ruas desertas.

Era possível ouvir os pássaros!

Sei que nunca mais verei Lisboa tão vazia. E nunca mais verei a cidade da mesma maneira.

Foi estranho, mas ao mesmo tempo inesquecível.

No caminho descobri construções, casas, história. E pensava no futuro, quando todas as pessoas puderem retomar sua rotina.

Não acredito que a vida será igual ao que era.

E torço para que não seja mesmo. Espero que toda essa solidariedade despertada se mantenha para sempre. Espero que os encontros e abraços sejam mais valorizados. Que o cuidado com o planeta e com os seres humanos sejam mais constantes, passem a fazer parte do dia a dia.

Acho que ninguém vai sair da mesma forma que entrou nessa quarentena.

E isso é ótimo! Precisamos evoluir, precisamos perceber o que realmente é importante. Precisamos nos conhecer mais.

Reflexões…

Mas estou muito otimista que isso tudo vai passar logo!

E em breve poderemos nos reencontrar e contar orgulhosos que sobrevivemos!

Com mais amor, com mais fé em Deus, com mais atenção ao próximo.

Enfim, melhores!”

Obrigada, mais uma vez, por repartir conosco seus textos inspiradores!

“TODAVIA, EU ME ALEGRAREI NO SENHOR, EXULTAREI NO DEUS DA MINHA SALVAÇÃO.” Habacuque, 3- 18

 

 

MEU ANJO DA GUARDA

Esses dias eu conversava telepaticamente com o meu anjo da guarda.

E conversa vai, conversa vem, começamos a relembrar as muitas vezes em que ele me salvou de boa.

-Lembra quando eu tinha meus 10 anos  e fui passar o fim de semana na fazenda dos meus tios? Perguntei. Eu e minhas primas montamos escondidas nos cavalos e trotamos até perto da linha do trem. Bem naquela hora ele veio apitando e os cavalos dispararam assustados e o que eu estava, empinou me jogando com força ao chão.

-Lembro sim! Respondeu ele. Tive que fazer do chão uma terra macia para você não se machucar tanto…

-Assim mesmo me esfolei, mas se não fosse você, eim?

E nossa conversa continuou com lembranças da minha adolescência até chegar à fase adulta onde dei bastante trabalho.

-E aquela vez do ponto de ônibus? Perguntou o Anjo. Você estava sozinha e o pivete veio com um caco de vidro enorme te ameaçando e pedindo seu dinheiro.

-É mesmo! Respondi. Eu entreguei a ele o dinheiro da passagem que estava em minha mão e nisso o ônibus encostou me livrando dele!

-Isso me fez lembrar de outro ponto de ônibus, bem cedinho, lembra?

-E como lembro! Confirmei ao Anjo. Eu entrava no trabalho às sete da manhã e tinha que pegar o ônibus das seis e quarenta. Muitas vezes, noite ainda. E lá estava eu naquela manhã, sozinha novamente, quando veio um homem em uma bicicleta e para em minha frente e pede meu celular. Nem sei o que me deu naquela hora, mas peguei minha sombrinha contra ele, ameaçando e nessa hora, o ônibus encostou!

-As duas vezes o ônibus te salvou, não é mesmo? Pergunta meu Anjo sorrindo.

-É, sempre tem o seu dedinho salvador em tudo isso , né? Pergunto.

-E teve aquela vez em que você seguia bem cedinho para o trabalho na rua deserta e dois homens começaram a te seguir?

-Nossa! Escapei por pouco! Entrei em um prédio onde milagrosamente o porteiro abriu para mim e onde fiquei, agradecida, até o perigo passar.

-Milagrosamente, não? Sorriu meu Anjo ao se lembrar da cena.

E fomos lembrando tantas outras passagens enquanto nossa conversa se mantinha docemente entre risadas gostosas.

-Mas teve uma agora recentemente e que você agiu como uma verdadeira atriz, não foi?

-É verdade! Era um domingo de manhã, rua deserta e eu voltava do mercado carregando minha bolsa e algumas sacolas. Nisso um homem em uma moto passa por mim olhando para trás, faz a volta e vem em minha direção. Tive a certeza que iria ser assaltada por ele. Rapidamente me lembrei de ter visto, na ida, umas pessoas sentadas dentro da varanda em uma casa bem perto de onde eu voltava. Levantei meu braço e gritei na direção deles: -oi, já estou chegando!!! O homem fez uma curva quase em cima de mim e foi embora em disparada!

-Que presença de espírito você teve, não é mesmo? Pergunta meu Anjo sorrindo enigmaticamente.

-Pois é… você deve se lembrar de muitas e muitas vezes em que esteve a meu lado, me salvando, né?

-Isso se chama livramento! E foram tantos que você nem teve conhecimento na hora em que aconteceu!

-Ah, Anjo, obrigada! Nem sei como agradecer tudo que faz por mim!

-Não me agradeça! Ele respondeu. Eu sou apenas servo. Agradeça a Deus que é nosso Senhor e criador e que tem muito amor por você.

Ali terminamos o nosso papo.

Foi bom conversar com alguém que está sempre a meu lado, cuidando de mim!

Observação: os acontecimentos do texto são todos verídicos!

Imagens: 1) astroClick; 2) aquinoticias; 3) getty Images; 4) iQuilibrio

“NENHUM MAL TE SUCEDERÁ, NEM PRAGA ALGUMA CHEGARÁ À TUA TENDA. PORQUE AOS SEUS ANJOS DARÁ ORDEM A TEU RESPEITO, PARA TE GUARDAREM EM TODOS OS TEUS CAMINHOS. ELES TE SUSTENTARÃO NAS SUAS MÃOS, PARA QUE NÃO TROPECES COM O TEU PÉ EM PEDRA.” Salmos, 91- 10, 11 e 12.

 

UM MURO EM MEU CAMINHO

Eu e minhas andanças à pé pela cidade, dou de repente com esse muro e seus dizeres esquisito.

Parei e fotografei para depois refletir sobre quem e por que, alguém escreveria isso.

-Uma mensagem para alguém?

-Uma afirmação para si mesmo?

Comecei a analisar.

“Quando não me amo”, significa que ele se ama algumas vezes e em outras, deixa de se amar.

“Eu me machuco”, essa frase tem várias conotações, como por exemplo:

-ele se fere fisicamente?

-Ele se machuca interiormente?

-Ele já passou por isso quantas vezes, porque deixa implícito que já aconteceu anteriormente.

-Isso faz com que ele tenha necessidade de se manifestar através da escrita?

-Seria o caso dele estar com tantos problemas reais que não consegue se amar?

(Aqui vale uma observação: estou me referindo a ELE, masculino, com a impressão de ter sido um homem a escrever essa frase. Meu instinto falou mais alto…)

Fui olhar no meu amigo Google para ver se existia alguma coisa, como uma música talvez, em que tivesse uma referência a essa frase.

Achei um poema no Youtube de Marina Peralta, onde ela diz: “quando não me amo eu me machuco” e em seguida “lembra? Lembra?” para encerrar com: “me amo, me acolho, me aceito, me escolho.”

Então será que nosso desconhecido passante conhecia essa letra?

Ou foi em um rasgo de emoção que pensou e escreveu?

Seja como for, parei para pensar nesse assunto…

E tudo que pensamos, pode sim virar um texto, um poema ou tema para reflexão.

Como a simples frase escrita no muro, me fez escrever!

Imagens: 1) ponto de interrogação: emojiterra.com; 2) coração partido: noticias.uol.com.br

“EIS QUE, NA PALMA DAS MINHAS MÃOS, TE TENHO GRAVADO; OS TEUS MUROS ESTÃO CONTINUAMENTE PERANTE MIM.” Isaías, 49- 16