Tive o prazer de conhecer a poetiza Helena Kolody quando residia em Curitiba; sentei a seu lado, conversamos e tiramos uma foto que guardo de lembrança.

Seus pais, Miguel e Vitória Kolody, foram imigrantes ucranianos que se conheceram no Brasil e Helena nasceu em União da Vitória, no dia 12 de outubro de 1912, passando parte da infância até 1920 em Três Barras e até 1922 na cidade de Rio Negro, onde fez o curso primário.

Estudou piano, pintura e, aos doze anos, fez seus primeiros versos.

Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima, aos 16 anos de idade, e a divulgação de seus trabalhos, na época, era através da revista Marinha, de Paranaguá.

Aos 20 anos, Helena iniciou a carreira de professora do ensino médio e inspetora de escola pública. Lecionou no Instituto de Educação de Curitiba por 23 anos (pena eu não ter sido sua aluna porque quando me formei, ela já não dava mais aula…). 

Helena se tornou uma das poetisas mais importantes do Paraná e praticava principalmente o haicai que é uma forma poética de origem japonesa, cuja característica é a concisão, ou seja, a arte de dizer o máximo com o mínimo. Foi a primeira mulher a publicar haicais no Brasil, em 1941.

Morreu em 16 de fevereiro de 2004, aos 91 anos, vítima de problemas cardíacos.

Abaixo, alguns haicais de sua autoria.

Deus dá a todos uma estrela.
Uns fazem da estrela um sol.
Outros nem conseguem vê-la.
Pintou estrelas no muro
e teve o céu
ao alcance das mãos.
Trêmula gota de orvalho
presa na teia de aranha,
rebrilhando como estrela.
Vôo solitário
na fímbria da noite
em busca do pouso distante.

“IDE, PORÉM, E APRENDEI O QUE SIGNIFICA: MISERICÓRDIA QUERO E NÃO SACRIFÍCIO.” Mateus, 9- 13

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