Aqui em nossa cidade, Campo Mourão-Pr, tivemos dois eventos essa semana muito importantes e tudo a ver com o texto de hoje.
O primeiro, organizado pela primeira dama do município Hosana Tezelli, tem o nome de “CIDADE LIMPA, CIDADE VERDE” onde moradores de todos os bairros se unem para a limpeza e restauro de nossas praças, ruas e casas.
O segundo e não menos importante, foi a entrega do troféu José Moser, pela ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS a inúmeros artistas plásticos de nossa cidade, de Peabiru e Mamborê.
Um reconhecimento àqueles que traduzem em arte o sentimento mais profundo de cada um.
E nesse embalo ecológico, recebo esse texto tudo a ver, da minha filha jornalista Fabiane.
Como sempre, ela escrevendo com autoridade e conhecimento de causa!
Vocês vão gostar!!!
“A arte de reutilizar o lixo para desenvolver a consciência social”
Bordalo II consegue, com suas esculturas, criar arte a partir do desperdício.
Novembro de 2017. O bairro do Beato, em Lisboa, se transforma num dos lugares mais concorridos da capital portuguesa. A fila de aproximadamente duas horas é para ver a primeira exposição de Bordalo II, o artista que faz do lixo, arte. Intitulada Attero (substantivo latino para desperdício), em 20 dias atraiu mais de dez mil pessoas.
(Exposição Attero em Lisboa – crédito: Fabiane Prohmann)
Maio de 2018.
Terminal da Lapa, Zona Oeste, São Paulo. Avenida das Américas, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
À primeira vista você pode não entender qual a relação desses dois endereços. Menos ainda, se associarmos isso à história do parágrafo acima. Mas acredite, esses três lugares estão interligados pela arte.
Artur Bordalo, 31 anos, nascido em Lisboa, é o responsável por isso. As duas maiores cidades brasileiras foram presenteadas com suas obras – o bicho preguiça e o lobo guará mostram não apenas o talento desse artista, mas principalmente faz uma crítica ao mundo em que vivemos, onde o desperdício é comum e coisas perdem seu valor ou utilidade rapidamente.
(Bicho preguiça em São Paulo – crédito: Reprodução / Facebook)
(Lobo guará no Rio de Janeiro – crédito: Reprodução / Facebook)
“Eu pertenço a uma geração extremamente consumista, materialista e gananciosa. Com a produção das coisas em seu nível mais alto, a produção de ‘resíduos’ e objetos não utilizados também é mais alta.
‘Waste’ é citado por causa de sua definição abstrata: “o lixo de um homem é o tesouro de outro homem”. Eu crio, recrio, reúno e desenvolvo ideias com material em fim de vida e procuro relacioná-lo à sustentabilidade, consciência ecológica e social”. (www.bordaloii.com)
( Entrada do atelier de Bordalo II, em Lisboa – crédito: Fabiane Prohmann)
Criatividade vem de berço para esse artista, neto do pintor Real Bordalo (1925-2017), conhecido pelos óleos e aquarelas que retratam paisagens urbanas, em especial edifícios e locais históricos de Lisboa.
Para dar forma à sua arte, Bordalo II utiliza caixotes de lixo, mangueiras, rodas de bicicleta, garrafas pets, para-choques de automóveis, caixas de papel, lixo tecnológico, contentores partidos, móveis, entre outros.
( Big Trash Animal: o gato, no Parque das Nações, em Lisboa – crédito: Reprodução / Facebook)
As suas esculturas mais conhecidas fazem parte da série denominada Big Trash Animals, e podem ser encontradas em cidades como Lisboa (Portugal), Paris (França), Hamburgo e Berlin (Alemanha), Santiago (Chile), Talin (Estônia), Lódz (Polônia), San Nicolas (Aruba), Pataya (Tailândia), Las Vegas e São Francisco (Estados Unidos), Rio de Janeiro e São Paulo, entre outras.
E você, já se deparou com alguma obra de arte do Bordalo II?
____________________
Assim ela encerra seu texto, deixando para todos nós o sentido do dever e comprometimento que devemos ter em relação a cultura, aproveitamento e cuidado de nosso planeta.
Obrigada, filha!!!
“FAZE-ME SABER OS TEUS CAMINHOS, SENHOR; ENSINA-ME AS TUAS VEREDAS. GUIA-ME NA TUA VERDADE E ENSINA-ME, POIS TU ÉS O DEUS DA MINHA SALVAÇÃO.” Salmos, 25- 4 e 5